É mesmo inteligente?
Já fez um teste de QI e o resultado não foi o que esperava?
Quando falamos de Inteligência, tendemos a pensar na “qualidade mensurável”, associada a um bom rendimento escolar, êxito e sucesso profissional e ser bem sucedido noutras áreas da vida.
Este conceito está tão bem enraizado que nos habituamos a dar valor aos testes de inteligência para classificar as pessoas segundo o seu talento, especialmente as crianças.
E de “acordo com a pontuação obtida – que define o QI, Quociente de Inteligência – moldamos as nossas expectativas para o futuro, não só o nosso, mas o dos outros também” (Eva Pedroso).
Investigações recentes têm demonstrado que “pessoas com quocientes de inteligência enormes não conseguem ter sucesso na vida, debatendo-se com problemas vários, o que tem contribuído para o declínio do poderio absoluto deste valor como marca inquestionável das características de cada um – a par do peso, estatura ou pressão arterial”(Eva Pedroso).
Psicólogos e outros peritos na área já se aperceberam que existem outros factores bem mais importantes a ter em conta quando se procura o sucesso ou ultrapassar o fracasso.
Ora, isto começou a deitar por terra a validade dos testes de inteligência nos últimos anos, apesar de ainda serem aplicados para predizer, com rigor mensurável, o rendimento académico e profissional das pessoas.
Onde entram as Emoções?
O conceito Inteligência Emocional foi popularizado por Daniel Golemann no livro “Inteligência Emocional” que trouxe anos de “investigações científicas que provaram que apenas 20% do nosso sucesso depende do quociente de inteligência, estando os restantes 80% a cargo da componente emocional” (Eva Pedroso).
Sendo que os tradicionais testes de inteligência dão grande ênfase a um conjunto restrito de aspectos da inteligência, como habilidades matemáticas, linguísticas, e espaciais, ao raciocínio lógico e a compreensão de analogias, ignorando outros elementos, entre os quais a inteligência emocional.
O que é a Inteligência Emocional?
Segundo Eva Pedroso, é a capacidade de reconhecimento de emoções, a sua utilização de forma positiva no estabelecimento de relações com quem nos rodeia e a capacidade de perseguirmos os nossos objectivos com persistência e determinação.
Ora, a inteligência emocional, “combina uma série de características que nada têm a ver com habilidades matemáticas e linguísticas, mas relacionam-se sobretudo, com o comportamento, atitudes e a socialização, ou seja, o auto conhecimento, a empatia, o optimismo, o controlo de impulsos e a capacidade para controlar a raiva e a ansiedade.
O melhor é que a inteligência emocional é uma capacidade que pode ser aprendida.
A Inteligência Emocional e o Sucesso
Para os defensores da inteligência emocional o “sucesso no trabalho depende, sobretudo, da capacidade de lidar com os outros e, do controlo sobre ansiedade e o medo, e não tanto do quociente de inteligência”.
Inclusive afirmam, que “os menos inteligentes emocionalmente são quase sempre maus líderes e apresentam maiores dificuldades de aprendizagem”. (Eva Pedroso).
Isto significa que o nosso estado emocional tem um impacto directo na capacidade de receber e interiorizar a informação, ou seja, se está constantemente ansioso, agressivo e com medo, não conseguirá tomar decisões com clareza e assertividade.
Utilizando a nossa inteligência emocional, irá ajudar-nos a sermos mais criativos e produtivos, permitindo trabalhar melhor em equipa – qualidades que actualmente todos prezam.
Um abraço
Luísa de Sousa
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