Quem busca o bem-estar e o auto conhecimento fica logo encantado com a filosofia budista.
Esta filosofia não promete milagres, prega valores como a ética e o desapego e mostra que tudo é importante para a evolução espiritual, que deve ser abraçada aqui e agora.
Segundo a budista Yvonette Gonçalves (São Paulo), a salvação não vem de lá de cima, do céu, ou de algum elemento superior fora de nós. A salvação vem de dentro de nós, do auto conhecimento.
Actualmente o budismo atrai pessoas de todos os cantos do mundo, de outras religiões até mesmo ates convictos, sendo 379 milhões de adeptos declarados (sem contar com os simpatizantes).
Um dos princípios fundamentais do budismo é o desenvolvimento de uma atitude de compaixão ou benevolência, de amor, e de comunidade com todos os seres vivos, sem ferir, ofender ou depreciar nenhum deles.
Muitos mais do que uma religião, os ensinamentos de Buda são encarados como uma filosofia de vida que nos ajuda a perceber a “impermanência de tudo o que existe” e, desse modo a lidar melhor com as transformações, desafios, doenças, perdas e outros problemas.
E combinando práticas eficazes como a meditação e yoga, com uma ética que engloba o respeito por si mesmo, pelos outrose apor todos os seres vivos, o budismo oferece aos seus seguidores a “perspectiva de superação do sofrimento”.
“O primeiro passo consiste em parar e olhar para si próprio” – Yvonette Gonçalves.
Os principais ensinamentos de Buda são as “quatro verdades nobres”: estas 4 verdades afirmam que “o sofrimento é inevitável e a sua origem vem do apego excessivo aos desejos; para superar o sofrimento, deve-se eliminar o apego; elimina-se o apego por meio de práticas correctas.
Tais práticas compõem um amplo leque de opções que vão desde a recitação de frases poderosas (mantras) à meditação, do estudos dos textos tradicionais ao trabalho em beneficio dos outros.
Deve-se procurar as práticas que mais se ajustam à nossa vida, ao nosso carácter, disponibilidade e personalidade e temperamento.
Desapego e Mudança – Encarar de forma positiva as transformações, as doenças e as perdas é um dos principais benefícios da prática budista. Este é o conceito de “impermanência”, um dos ensinamentos de Buda. Esta ideia coloca-nos no momento presente e mostra que os valores que tanto prezamos são transitórios. Que nada nos pertence.
Vivemos constantemente pensando no ontem, no amanhã e esquecemos de dar atenção ao hoje, àquilo que realmente se está a passar neste momento e a quem está ao nosso lado neste momento. Entendendo este conceito, ficamos mais tolerantes e passamos a valorizar todos os segundos, vivendo cada dia como se fosse o último.
O conceito de “impermanência” é aquilo que se transforma a cada instante, e se tivermos a compreensão correcta não sofremos tanto diante das mudanças, aceitando a realidade tal como ela é: o” resultado de uma transformação natural e contínua”.
Aqui e Agora – Algumas práticas do budismo, especialmente as das “correntes tântricas” como a Vajrayyyana, são radicais e poderosas. O “budismo tântrico diz que a perfeição não é alguma coisa que nos aguarda no futuro distante, mas um objectivo a ser alcançado imediatamente”. – Bel César. Segundo o Tantra, o céu é aqui e agora!”.
O tantrismo propõe um conjunto de técnicas para “acelerar a evolução humana”.
Uma delas é a visualização de imagens de deuses e deusas. Tais figuras não se referem a poderes externos, diante dos quais nos curvamos, mas a forças actuantes no nosso interior.
Vivemos sobrecarregados de conceitos limitadores, do tipo “coitado de mim”, “a vida é assim mesmo”, “tenho que me resignar” etc., etc., .
Mas do ponto de vista tântrico, cada “homem e cada mulher é um ser completo, possuindo no nosso interior a energia do deus e da deusa, do masculino e do feminino. É apenas uma questão de aceder a esse potencial”- Bel Cesar.
Acção Quotidiana – Para os sábios orientais budista, no que se refere ao sofrimento, o conta é a “acção correcta no dia-a-dia”, fazer o que precisa ser feito, tão simples quanto isto., mostrando que não existem soluções mágicas para o eliminar.
Para nós, ocidentais, mergulhados num mundo de competição e consumo, não é fácil viver de acordo com com noções como“impermanência e desapego”, afinal não fomos educados para tal e trazemos anos de uma bagagem emocional incutida por uma sociedade de não preza estes valores.
Mas vale sempre a pena tentar a prática do Budismo, sei que para isso levar a vida de um monge.
A prática do Budismo não é como um curso que se compra de 10 ou 20 lições, mas um caminho para a vida.
Basta adaptarmos alguns dos conceitos acima expostos, alguma meditação e concentração, a prática de yoga e já teremos uma boa qualidade de vida.
O Budismo sempre esteve presente na minha vida, é uma filosofia que sempre me despertou muito interesse, pela forma como nos “responsabiliza” pelo nosso estado actual, levando-nos a agir no imediato.
Mas confesso que, apesar de gostar e tentar aplicar diariamente os seus ensinamento, faltava-me o tempo de concentração, pois encontrava-me envolvida e presa a uma situação profissional que não me dava espaço nem liberdade de conseguir ter o discernimento para os aplicar.
Depois de iniciar este projecto em Internet Marketing, tenho tempo disponível para ler, estudar os ensinamentos de Buda, através das suas escrituras sagradas e colocar em prática tudo o que aprendo. Tudo isto aliado à prática de meditação e yoga.
Desde então a minha vida ganhou outro sentido.
Um abraço
Luísa de Sousa
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