“A ciência considera as emoções não como atitudes inatas,
mas como atitudes a adoptar conforme a situação exige”
(Woman´s Health, Março/Abril, 2015).
Esta é uma revelação e uma reviravolta em tudo o que vínhamos pensando até agora sobre emoções.
Será que ser pessimista ou otimista é mesmo um estado que escolhemos?
Sim, sim, e sim……eu sempre defendi que nascemos como “uma tábua rasa” e que vamos adquirindo as nossas bases tendo em conta o nosso ambiente e interacções sociais.
E que temos a capacidade de colocar ou tirar “as lentes cor de rosa” dependendo das situações.
E é aqui que entra a Psicologia Positiva, uma abordagem centrando-se no melhor de cada pessoa.
Após décadas em que a psicologia apenas se centrou em patologias e nos comportamentos “anormais”, surge uma nova forma de olhar e pensar nas coisas que fazem com que a vida valha a pena, dando ênfase às qualidades das pessoas e na promoção do seu funcionamento positivo.
O autor pioneiro desde campo é Martin Seligman, partilhando a crença de que as pessoas querem levar uma vida satisfatória e mais significativa.
A Psicologia Positiva tem 3 preocupações centrais: emoções positivas, traços individuais positivos, instituições positivas.
As emoções positivas estão relacionadas à satisfação com o passado, a felicidade no presente e a esperança no futuro.
A compreensão positivas dos traços individuais, “implica estudar as forças e virtudes como a capacidade de amar e trabalhar, coragem, compaixão, flexibilidade, autocontrolo, curiosidade, integridade, auto-conhecimento e sabedoria” (Dr. F. Magalhães, 2015).
Na compreensão das instituições positivas, implica o “estudo das forças que promovem melhores comunidades, como a justiça, educação, saúde, ética e tolerância no trabalho” (Dr. F. Magalhães, 2015).
Podem, então, os estados de felicidade e satisfação serem controlados por nós?
Segundo a Psicologia Positiva, sim.
A Dra. Catarina Rivero fala-nos da Psicologia Positiva e refere que nas últimas décadas os estudos desenvolvidos um pouco por todo o mundo “trazem-nos pistas para um bem-estar a nível macro e micro, verificando-se que as pessoas que se sentem mais satisfeitas com as suas vidas, tendem a cuidas das suas rotinas, planeando actividades que tenham significado e lhes tragam emoções positivas, mantêm-se activas no dia-a-dia, tendem a criar e manter mais relações interpessoais positivas, com maior tolerância, demonstrando mais gratidão, e a viver o dia-a-dia numa perspectiva mais apreciativa, valorizando os detalhes positivos e aproveitando oportunidades para fazer acontecer mais desses bons momentos”.
Vamos então aprender a pensar positivos?
Eis algumas dicas de como o fazer segundo Tânia Alexandre (Woman´s Health, março/abril, 2015):
1 - Medite – Pratique a meditação e técnicas de relaxamento diariamente.
2 - Registe os seus momentos positivos – Escreva, ao final de cada dia, três momentos positivos que tenham acontecido, durante pelo menos uma semana.
3 - Ria-se de si próprio e ria com os outros – Mantenha o nível de sentido de humor positivo no seu dia-a-dia (que não o sarcasmo ou o humor destrutivo).
4 – Seja grato – Escreva cartas de gratidão a pessoas que tenham sido importantes na sua vida, leia e entregue pessoalmente.
5 – Seja fiel aos seus valores – Escreva os valores fundamentais da sua vida e procure viver o dia-a-dia em concordância com os mesmos.
6 - Conviva com os outros – Mantenha rotinas relacionais com pessoas relevantes para si (amigos, familiares).
7 – Tenha hábitos saudáveis – Pratique exercício físico (caminhadas, yoga, pilates, etc.) e durma o número de horas satisfatório.
8 - Planifique – Planeie a rotina do dia-a-dia, integrando actividades gratificantes e com significado.
“Ser optimista pressupõe encarar a realidade numa perspectiva de busca de soluções e possibilidades de optimização das circunstâncias” – Catarina Rivero.
Portanto, quando enfrenta alguma adversidade, mais do que adoptar um sentimento de desesperança, vitimização ou centrar-se no problema, causa ou culpados, deverá passar o foco para a solução, para a meta e objectivo desejados, procurando sempre os pontos de melhoria para aprender futuramente.
Um abraço
Luísa de Sousa
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